Enfrentamento de situações adversas no primeiro contato de acadêmicos com visita domiciliar

Luis Marcos Ferreira Junior, Hellen Moreira de Lima, Igor Lombardi Penhalver, Fabiana Prado dos Santos Nogueira

Resumo


Introdução: Durante as visitas domiciliares realizadas como parte do projeto de extensão universitária “Práticas de Medicina de Família e Comunidade em parceria com o Lar da Caridade”, organizado pela Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade de Uberaba (LAMFC), os acadêmicos enfrentaram situações nas quais a habilidade incipiente e/ou impossibilidade de atuar clinicamente faziam-se presentes.

Objetivos: Este estudo visa relatar vivências dos alunos, identificando suas dificuldades e, também, demonstrar a importância do desenvolvimento de ferramentas de suporte como discussões coletivas a respeito das visitas a fim de minimizar possíveis efeitos contraproducentes às famílias e ao aprendizado.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Em visitas domiciliares realizadas quinzenalmente a famílias cuja adesão ao projeto foi voluntária, as demandas dessas famílias geraram situações de desconforto. Associados às visitas domiciliares, o projeto incluía grupos de discussão das visitas com uma docente orientadora, identificando, assim, através dos relatos, as dificuldades encontradas pelos alunos e, também, atitudes que pudessem repercutir negativamente ao contexto familiar. Eram feitas orientações e indicações bibliográficas para complementação do aprendizado. Esperava-se, com isso, um amadurecimento desses estudantes.

Resultados: O instrumento de apoio proposto, discussão em grupo e leitura, foi efetivo. Em uma das visitas, uma mulher questionou sobre a transmissão da sífilis e a possibilidade de seu marido ter sido infiel e, a partir do conhecimento acumulado, os acadêmicos agiram perturbando minimamente a dinâmica familiar conduzindo a conversa para as formas de tratamento, sem abordar uma possível infidelidade, assunto de caráter familiar pessoal capaz de causar uma desestruturação familiar e romper o vínculo com a família. Em outra situação, exigiram-se conhecimentos médicos específicos, então, admitiram não ter esse conhecimento no momento e se comprometeram a estudar e levar a resposta em outra oportunidade.

Conclusão ou Hipóteses: As relações do estudante com o paciente e com a família devem ser permeadas pela ética a fim de gerar trocas de experiências positivas entre os sujeitos envolvidos. Nessa troca, o acadêmico leva informações sobre saúde para a família e ela, por sua vez, através de seu contexto social e dinâmica própria colabora para o desenvolvimento de habilidades de relacionamento interpessoal no acadêmico.


Palavras-chave


Visita Domiciliar. Extensão Universitária. LAMFC.

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