A gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família no Espírito Santo
Resumo
Introdução: É fato que os trabalhadores de saúde são imprescindíveis na qualificação da Atenção Básica no Brasil, fortalecida pela Estratégia Saúde da Família (ESF). O desconhecimento das características dessa força de trabalho no Espírito Santo, quanto à sua distribuição e qualificação aponta a necessidade de um estudo que traduza o perfil desses profissionais.
Objetivos: Aprofundar o conhecimento sobre os profissionais e os processos de trabalho produzidos cotidianamente na ESF no estado do Espírito Santo a fim de contribuir para o estabelecimento de planos de ação para área de recursos humanos no Estado.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi realizado um estudo do tipo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa e qualitativa. A população do estudo foi composta por amostra do conjunto de trabalhadores ativos das equipes mínimas da ESF que atuam nos municípios capixabas com população superior a 50 mil habitantes. Fizeram parte do estudo os agentes comunitários de saúde, auxiliares/técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos, tendo sido considerado como fator de inclusão a atuação na equipe há pelo menos seis meses.
Resultados: Prevalecem contratos de trabalho temporário, insatisfação com o regime de trabalho e alta rotatividade de profissionais Em relação ao processo à organização do processo de trabalho, foram observadas dificuldades, bem como a incorporação de práticas e lógicas assistenciais capazes de potencializar a ESF no estado. Assim, apesar dos importantes avanços na política nacional de gestão do trabalho na saúde, no Espírito Santo, foram evidenciadas fragilidades como a precarização do trabalho e os afetamentos sofridos no setor, vulnerabilizando o vínculo entre profissionais e usuários e fragilizando o cuidado em saúde.
Conclusão ou Hipóteses: O estudo aponta a necessidade de qualificação da gestão, da qual devem participar trabalhadores e usuários, sujeitos essenciais no planejamento das ações. Evidencia, ainda, a necessidade de fortalecimento das estruturas de saúde nos municípios, devendo ser pensadas a partir das singularidades e necessidades do sistema e da rede de serviços de saúde públicos que atendam, de fato, o cidadão.
Palavras-chave
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