Articulação da rede de atenção a saúde mental: relato de experiência

Priscilla Regina Cordeiro

Resumo


Introdução: A Lei Federal 10.216/2001 visa potencializar a integralidade da assistência em saúde e a Reabilitação Psicossocial do indivíduo com transtorno mental. Neste âmbito, é fundamental estruturar a articulação da rede de Saúde Mental para qualificar o cuidado contínuo e promover a ampliação do leque de conhecimento das possibilidades da população, integrando outros serviços.

Objetivos: Este estudo tem como objetivo descrever um processo dinâmico da articulação da rede, que visa estabelecer e regular os fluxos de encaminhamento em Saúde Mental; qualificar e facilitar os encaminhamentos para os demais serviços de saúde e equipamentos intersetoriais e aumentar a resolutividade.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A necessidade de reestruturar as ações territoriais em Saúde Mental viabilizou que a Equipe de Apoio, situada em uma região da Zona Leste de São Paulo/SP, realizasse o apoio matricial na Unidade Básica de Saúde (UBS) tradicional de referência e participasse de reuniões intersetoriais englobando o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), a Unidade de Apoio em Saúde Mental e um hospital da região. Estas ações preveem discussões de casos clínicos e problematização da rede, organização de fluxos para direcionar condutas e encaminhamentos, além de estratégias para garantir uma rede de cuidado contínuo em Saúde Mental integrando outros serviços de saúde, demais equipamentos e usuário.

Resultados: As referidas ações, em base aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Reabilitação Psicossocial, permitem uma reorganização da rede de Atenção em Saúde Mental, estimulando a troca de saberes, ampliando as possibilidades de ação para além da mera discussão verbalizada, não se limitando a encaminhamentos em uma estrutura segmentada. Da mesma forma, estas ações aprimoram a articulação entre serviços de saúde e equipamentos intersetoriais, em que todos os envolvidos compartilham com a hipótese diagnóstica em casos que exigem assistência além da Atenção Primária em Saúde.

Conclusão ou Hipóteses: Face ao exposto, entende-se a importância de reestruturar a rede de Atenção em Saúde Mental, fortificando a integração dos serviços e equipamentos, visto que, aumenta em muito o potencial de resolutividade da problematização e contribui para um bom funcionamento do sistema em prol da corresponsabilização e da promoção em saúde e assistência integral do usuário.






Palavras-chave


Saúde Mental; Atenção Primária à Saúde; Ação Intersetorial.

Texto completo:

PDF/A

Apontamentos

  • Não há apontamentos.