Tratamento com laser baixa potência em lesão cutãnea de Hanseníase/HIV

Resumo

Introdução: A Hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido seu alto poder incapacitante. Laser é um acrônimo de Light Amplification by microcirculação. O laser de baixa potência pode ser utilizado no tratamento de lesões, oferecendo proliferação fibrobástica, estímulando a síntese de colágeno, efeito analgésico, antiinflamatório e bactericida

Objetivos: Avaliar o tratamento da terapia de laser de baixa potência, em lesões cutãneas de hanseníase/HIV.

Metodologia ou Descrição da Experiência: ECC, 29 anos, diag HIV em nov 2010, terapia anti-retroviral, dez 2010 lesão e edema membro inferior direito, biópsiada lesão resultado Hanseníase Dimorfa, Rifampicina e Dapsona jan 2011, lesão evoluiu com ulceração e infecção secundária tratada com Cefalexina abr 2011. Atendida pela enfermagem e iniciado curativo de lesão em MID, estágio III, necrose ao centro, bordas irregulares, Papaína à 10% por 3 dias, desbridamento mecânico. Aplicado laser de baixa potência 6J/cm², irradiando de forma pontual 2 a 3 vezes por semana a partir do 5º dia de acompanhamento, por 2 meses 24 sessões, aparelho com potência média de 0,15W, área de feixe 0,5cm², compr de onda 630nm+/-10nm até cicatrização.

Resultados: Neste estudo observou-se na 3ª aplicação do laser a eliminação da fibrina aparente e diminuição de odor e drenagem. Diminuição acentuada de eritema nodoso em torno da lesão e predominância de tecido de granulação e delimitação de bordas no primeiro mês de aplicação do laser. Cicatrização da lesão no segundo mês de aplicação.

Conclusão ou Hipóteses: Concluindo que associação do laser de baixa potência no tratamento da lesão proporcionou maior eficácia do tratamento da lesão, assim como eliminação da fibrina, redução do eritema nodoso em torno da lesão e aceleração do processo de cicatrização.