Eficácia das orientações preventivas da tuberculose em unidade de saúde de Cuiabá
Resumo
Introdução: Em decorrência dos altos indicadores de incidência e prevalência da Tuberculose (TB) no Brasil, definiu-se que o controle da TB é uma das áreas estratégicas da Atenção Básica a ser aplicado no país, devendo este ser realizado por meio do diagnóstico e tratamento da TB, mas principalmente da prevenção, que se baseia, entres outros, na correta orientação dos pacientes e seus contatos.
Objetivos: Objetivamos, com o presente estudo, avaliar o nível de orientações fornecidas aos pacientes transmissores de TB e seus contatos, no que tange às medidas de prevenção, a fim de expor a real eficiência desta ação e se esta pode ser otimizada e algum sentido.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Este estudo é do tipo observacional transversal quantitativo, sendo realizados questionários abordando questões relacionadas a orientações quanto à transmissão, às medidas preventivas e à busca de contatos, com 18 pacientes de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cuiabá - MT, com diagnóstico de TB realizado entre 2006 e 2012 e 15 contatos naquele momento. Foram excluídos 4 casos índices (3 por mudança de domicílio, 1 por recusa e 1 por óbito por outra causa). Os dados foram computados, analisados e comparados entre si no intuito de se compreender a eficácia das orientações dadas aos pacientes da UBS, visto a importância desta na prevenção e diagnóstico da TB no Brasil.
Resultados: Dos 15 casos índice, 60% foram orientados quanto à transmissão da TB e 46,6% realmente a conheciam. Quanto às orientações preventivas, 8.3% receberam até 2 dessas, 8.3% de 3 a 4 , 25% de 5 a 6 e 58.3%, as sete. Sendo que 16.6% cumpriram até 2 orientações, 0% de 3 a 4, 41.6% de 5 a 6, e 41.6% as sete (gráfico). Foram orientados pelo médico, enfermeiro e Agente Comunitário (ACS), 41,6% dos pacientes; pelo enfermeiro e médico, 25%; pelo enfermeiro e ACS, 16.6% e, pelo médico, 16.6%. Dos contatos, 92.3% foram orientados a procurar a UBS e 23.08% não compareceram, 66,6%, por ocupação e 33,3%, por acharem desnecessário. Houve indicação de quimioprofilaxia em 30% dos contatos, 100% a realizaram.
Conclusão ou Hipóteses: O desconhecimento sobre a transmissão da TB ainda é considerável. E apesar dos pacientes receberem orientações preventivas, estas necessitam de maior ênfase, já que grande número de pacientes não as pratica. Os ACS, apesar de atuantes, ainda tem participação inferior a esperada. Frente a possibilidade de este estudo refletir a realidade das UBS, maior atenção deve ser dada nas ações preventivas.
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