A educação permanente em saúde e seu referencial teórico
Resumo
Introdução: No Brasil a Educação Permanente (EP) ganhou o status de política a partir de 2004 com a instituição da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). Tão logo sua emergência na década de 1970, a EP foi apropriada pela OPAS articulando esforços para a definição de uma proposta de ensino que considerasse o trabalho como fundamental para o aprendizado dos profissionais de saúde.
Objetivos: Objetivamos identificar as referências bibliográficas utilizadas nas publicações científicas que abordam o tema da educação permanente ou educação continuada em saúde.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Realizou-se uma revisão de literatura sistemática na base de dados LILACS, em abril de 2011, a partir dos termos de busca educação permanente e educação continuada. A amostra final resultou em 143 artigos dos quais 20 textos completos tinham temas de maior interesse para este estudo (educação permanente em saúde, educação continuada, PNEPS, educação em serviço) e por isso tiveram todas suas 205 referências analisadas.
Resultados: Considerando duas ou mais ocorrências, os autores (24) (na condição de único ou primeiro autor da referência) mais citados foram: Brasil/Ministério da Saúde (MS) (28); Ceccim RB (13); Freire P (12); Merhy EE (7); Haddad J (6); Roschke MA (5); Campos GWS (3); Davini MC (3); L’Abbate S (3); Paim JS (3); Almeida MJ (2); Belloni ML (2); Bezerra ALQ (2); Campos FE (2); Farah BF (2); Feuerwerker L (2); Gonçalves RBM (2); Morin E (2); Oguisso T (2); Opas (2); Peduzzi M (2); Régnier KD (2); Rovere MR (2); Valla V (2). Predominam referências da OPAS ou de autores ligados a essa instituição nos anos 1980 e 1990; já as referências dos anos 2000 são essencialmente do MS ou de pessoas a ele ligadas.
Conclusão ou Hipóteses: Concluímos que o papel da OPAS foi central na instituição da EP para os recursos humanos em saúde no Brasil. Embora a UNESCO tenha conduzido a difusão da EP, não se observa sua influência na concepção adotada na área da saúde, ao menos ela não figura entre as referências mais utilizadas nas publicações científicas analisadas.
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