Baixa adesão ao tratamento de diabetes mellitus tipo II em Fortaleza

Samyla Barros Figueiredo, Farley anusio Rebouças Valentim

Resumo


Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) tipo II é uma síndrome multifatorial que pode trazer complicações a curto e longo prazo. O desenvolvimento de metodologias para a otimização do tratamento e da abordagem profissional é importante para minimização dos agravos à saúde dos portadores desta síndrome.

Objetivos: Contribuir para a adesão ao tratamento da Diabetes Mellitus tipo II na população adscrita ao Centro de Saúde da Família Miriam Mota, Fortaleza-CE.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo quanti-quali, longitudinal, realizado entre fevereiro e novembro de 2012. População composta por pacientes e funcionários da unidade. Foram utilizados três questionários semiestruturados. Os dois primeiros avaliavam o conhecimento dos pacientes sobre o DM e foram aplicados no início e no fim da pesquisa, respectivamente. O terceiro foi utilizado para avaliar a percepção dos funcionários sobre suas práticas. Realizou-se com os pacientes palestra educativa sobre DM, café da manhã com alimentos adequados, medição da glicemia, distribuição de cartilha educativa e tabela para organização das medicações. Análise de dados utilizando o programa SPSS (Statistical Package for Social Science).

Resultados: A amostra foi de 16 pacientes. 31,25% não se considera doente. Como dificuldades em aderir ao tratamento, surgiram: seguir alimentação adequada (19%), praticar exercícios (25%) e acesso à medicação (31%). Quinze (93%) pacientes acham importante a prática de exercícios, mas só 06 (38%) o fazem. A importância familiar foi apontada na administração de medicamentos por 12 pacientes (80%) e no acompanhamento nas consultas por 03 (20%). O questionário 03 foi aplicado a 19 funcionários. Foram citados como influentes no tratamento: médico (34%), enfermeiros (35%) e agentes comunitários (31%). Vale citar que 17 funcionários (89,5%), não se consideraram responsáveis pela não adesão ao tratamento.

Conclusão ou Hipóteses: A não adesão ao tratamento tem bases enraizadas culturalmente. Há conscientização acerca dos benefícios do remédio, porém alguns não aderem por não se considerarem doentes. Falta de locais adequados é um obstáculo à prática de exercícios. Dieta inadequada, falta do remédio e alteração da posologia foram apontados. Sugerimos a realização de grupos no CSF para uma assistência contínua ao paciente.


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