Agentes de enfrentamento da violência doméstica: capital social, político e educação popular

Rafânya Mareza Silva de Carvalho, Dyjane dos Passos, Paula Dias Bevilacqua, Marisa Barletto

Resumo


Introdução: O projeto “Educação permanente para Agentes Comunitárias de Saúde em Viçosa-MG” é consequência de trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero, o qual envolve a temática de educação permanente em saúde.

Objetivos: Objetivamente buscou-se trabalhar com a perspectiva de educação permanente em saúde junto aos estudantes e aos Agentes Comunitários/as de Saúde, transversalizando com temas gênero e participação popular. Junto à comunidade enfatizou-se a temática sobre violência doméstica contra a mulher.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foram utilizadas metodologias participativas, como as caminhadas transversais com as ACS, possibilitando a identificação de lideranças ou pessoas dispostas a participar de oficinas abordando os temas: tipos de violência, a lei Maria da Penha e o teatro do ciclo da violência e a rede protetiva. Além disso, o projeto possibilitou espaço de formação para os estudantes, com discussão de artigos científicos e participação ativa nas oficinas de formação, além de vivenciarem a atuação da rede protetiva.

Resultados: Dentre os principais resultados alcançados, citamos a formação de pessoas de diferentes localidades do município e estudantes da UFV em metodologias participativas e temas que transversalizam a violência contra a mulher. Também, os profissionais de saúde estão praticando os conceitos de controle social e participação popular, estando cientes de que a violência contra a mulher se configura um problema de saúde pública, que merece atenção no cenário das políticas públicas.

Conclusão ou Hipóteses: A formação desses atores, denominados agentes de enfrentamento da violência, possibilita o vínculo do trabalho da rede protetiva com a comunidade, dando visibilidade à rede e possibilitando sua em inserção nos diferentes espaços. No entanto, é conveniente destacar que a violência ainda é um tema complexo e difícil de ser trabalhado, devido a questões culturais, que geram tabus e preconceitos.


Palavras-chave


Violência Doméstica Contra a Mulher; Educação Popular; Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher

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