Diagnóstico de risco familiar em saúde da família: um relato de experiência

João Paulo Silva Cezar, Lais Gomes, Evaldo Rodrigues Soares Junior, Giovanna Patriarcha Borges dos Santos, Ubirajara José Picanço de Miranda Junior

Resumo


Introdução: Escalas de risco familiar têm sido usadas para auxiliar na priorização da atenção à Estratégia de Saúde da Família. Na tentativa de levar esse avanço para a região do Basevi/DF, trabalhos como a Escala de Risco de Coelho e Savassi e da Universidade Federal de Espírito Santo, foram estudados e adequados à realidade daquele cenário visando melhor qualificar o projeto de pesquisa.

Objetivos: Diagnosticar o risco familiar, visando quantificar a vulnerabilidade sócio-sanitária das famílias residentes na região do Basevi, bem como comparar os resultados encontrados entre as três áreas subordinadas à equipe ESF Basevi para avaliação do tipo de abordagem que cada área requer.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo descritivo situacional, caracterizado como relato de experiência. Os estudantes de medicina da 1ª série da ESCS adaptaram a Escala de Coelho para definir as prioridades de atenção às famílias da região. Dados de todas as famílias foram levantados e aplicados na escala. Adicionou-se sentinelas de risco relacionadas à violência familiar, gestação, tuberculose, hanseníase e outras adaptações. Dividiu-se a categoria “drogadição” em tabagismo, alcoolismo e outras drogas, pois os últimos podem ser fatores desencadeantes de violência familiar. As idades “menor de seis meses” e “maior de 70 anos” foram substituídas por “menor de um ano” e “maior de 60 anos”, respectivamente.

Resultados: Usando a Escala de Coelho, notou-se a necessidade de acréscimo de fatores para otimizar a priorização da atenção às famílias no cenário. Ressalta-se a violência e a falta de policiamento na região, o que pode aumentar os riscos a que estão sujeitos os moradores, sobretudo entre jovens do sexo masculino. Destaca-se a presença de doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial e respectivas complicações. Poucas opções de lazer e o isolamento geográfico devido ao deficiente transporte público podem levar a hábitos de vida como alimentação inadequada, alcoolismo, tabagismo e uso de drogas ilícitas, que aumentam a suscetibilidade da população aos agravos citados anteriormente.

Conclusão ou Hipóteses: A adequação das escalas de risco estudadas para esta comunidade permitirá auxiliar os profissionais da equipe de saúde da família a melhor priorizar a atenção à saúde da população local, sobretudo as visitas domiciliares. O diagnóstico de risco também servirá como denúncia social para evidenciar os principais pontos de vulnerabilidade das famílias pertencentes àquela região.



Palavras-chave


Escala de Risco Familiar; Sáude da Família; Diagnóstico de Risco.

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