Projeto olhar Brasil: parceria com escolas e ESF em Sacramento - MG

Alyne Lorys Amaral Santos, Elisangela Aparecida Felipe, Haroldo da Silva Santana, Edward Meirelles de Oliveira

Resumo


Introdução: Dados epidemiológicos demonstram que, no Brasil, até 30% das crianças em idade escolar e a maioria dos adultos com mais de 40 anos apresentam problemas de refração que interferem em seu desempenho diário. Cientes que os problemas de visão podem ser evitados ou amenizados com atendimento preventivo e curativo, os Ministérios da Saúde e Educação instituem, em 2007, o Projeto Olhar Brasil.

Objetivos: O objetivo do trabalho foi identificar e corrigir em Sacramento - MG problemas visuais em educandos da rede de ensino da Educação Básica (1° ao 9° ano), bem como contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população com idade igual ou acima de 60 anos.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foram capacitados todos os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) urbana e rural, bem como os professores das escolas municipais e estaduais responsáveis pela aplicação da Escala de Sinais de Snellen, que consiste em deixar o usuário a uma distância de 5 metros da escala com as linhas de optotipos correspondentes 0,8 a 1,0 situadas ao nível dos olhos do examinado, então, ocluindo-se um dos olhos, avaliava-se a acuidade do olho contralateral. Considerou-se como um dos critérios de encaminhamento a acuidade visual inferior ou igual a 0,7. No período de janeiro a setembro de 2012 foram avaliados nas unidades da ESF e escolas do município de Sacramento - MG, 649 idosos e 3210 crianças.

Resultados: Dos 649 idosos, 581 apresentaram critérios para encaminhamento, todos foram agendados para consulta com o especialista, 543 (93,4%) compareceram, 291 eram do sexo feminino, 252 masculinos. Foram prescritos óculos para 368 (67,8%); 113 (20,8%) diagnósticos de cataratas; 31 (5,7%) pterígios e outros 31 casos diversos como glaucoma, retinopatia, leucoma, etc. Dos 3210 alunos, 750 (23,4%) apresentaram algum critério de encaminhamento, todos foram agendados para consulta com o oftalmologista, 398 (53%) compareceram, 226 eram do sexo feminino, 172 masculinos. Destes, 215 (54,0%) apresentaram necessidade de óculos e 31 (7,8%) outros problemas como; estrabismo, catarata, ceratocone, leucoma, etc.

Conclusão ou Hipóteses: Os resultados possibilitaram conhecer a realidade da acuidade visual nas faixas etárias prioritárias e o encaminhamento das patologias visuais. Infelizmente, o Estado de Minas Gerais não garantiu, nos serviços de referência especializados, a consulta inicial para as patologias diagnosticadas e não encaminhou os óculos solicitados. O que demonstra a fragilidade da rede de oftalmologia do Estado.





Palavras-chave


Acuidade Visual; Estratégia Saúde da Família; Escolas

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