Grupo de reeducação alimentar na Estratégia Saúde da Família: relato de experiência

Bárbara Narciso Rocha Lebre, Marcos Rodrigo Souza Fernandes, Paola Beck Pereira, Sérgio Alves dos Santos

Resumo


Introdução: As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no Brasil representando um problema de saúde pública. A literatura mundial enfatiza o impacto favorável das modificações do estilo de vida no desenvolvimento de doenças crônicas, o que justifica a necessidade de estratégias na redução de fatores de risco como hipertensão, diabetes e dieta inadequada na Atenção Primária à Saúde.

Objetivos: Relatar a experiência de um grupo de mudança de estilo de vida / reeducação alimentar em uma unidade básica de saúde (UBS) com Estratégia Saúde da Família (ESF) na zona leste de São Paulo.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O grupo foi realizado na UBS/ESF 1º de Outubro em Guaianases zona leste de São Paulo no período de fevereiro a agosto de 2012. Os participantes aderiram por demanda espontânea baseados em suas necessidades. Em cada encontro realizado mensalmente abordavam-se temas sobre nutrição baseados na literatura atual; os participantes tinham sua pressão arterial (PA) verificada com esfignomanômetro aneroide calibrado, circunferência abdominal (CA) medida com fita métrica colocada na altura do umbigo e peso e altura verificados com balança Welmy modelo R-110 tarada e índice de massa corporal (IMC) calculado. Os dados foram analisados por meio de análise estatística simples.

Resultados: 17 pessoas participaram do grupo, 15 (88,2%) do sexo feminino e 2 do sexo masculino (1,8%). Destes, 8 (47,05%) eram hipertensos, 3 (17,65%) diabéticos, 1 dependente de insulina, 7 (41,18%) dislipidêmicos e 13 (76,47%) tinham IMC maior que 25. Destes últimos, 4 (30,77%) apresentavam IMC maior ou igual a 40. Ao final do grupo, 5 (62,5%) dos pacientes hipertensos apresentaram uma diminuição de cerca de 10% na PA sistólica e 5% na PA diastólica; 8 (47,05%) perderam peso com uma média de perda de 5,6% e 6 (35,3%) pessoas tiveram diminuição significativa da CA com média de 5,23% de perda. O paciente que era dependente de insulina passou a necessitar apenas de antidiabéticos orais.

Conclusão ou Hipóteses: Apesar do curto período de atividades e dos diversos vieses deste estudo, podemos concluir a importância de promover grupos educativos nas ESFs mostrando os seus efeitos benéficos na qualidade de vida dos usuários, efeitos estes também demonstrados na literatura internacional no sentido de modificar de forma positiva os fatores de risco cardiovasculares.





Palavras-chave


Doenças Cardiovasculares; Estratégia Saúde da Família; Reeducação Alimentar

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