Relação entre equipes de saúde da família de Ribeirão Preto e especialistas

Resumo

Introdução: A garantia da integralidade depende de uma rede de referência e contrarreferência entre a Atenção Básica e o nível especializado organizada, que permita a circulação de informações e comunicação entre os níveis de atenção em saúde.

Objetivos: Avaliar, por meio de notas atribuídas por profissionais da Atenção Básica, a relação entre as equipes de Saúde da Família e os especialistas.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi aplicado um questionário abordando a relação entre equipes de Saúde da Família e especialistas a equipes do município de Ribeirão Preto – SP. Os profissionais deveriam atribuir notas variando de 0 a 10 a cada item.

Resultados: A forma de solicitação de interconsulta recebeu nota média de 3,19 (3,45). A nota média atribuída ao tempo despendido até a realização da interconsulta foi de 4,24 (2,44). A interação do especialista no contato com o paciente obteve média de 4,02 (2,00). Já a qualidade técnica da interconsulta obteve média de 5,52 (1,87). As questões sobre o retorno dos achados da interconsulta à equipe e a interação positiva do especialista no contato com a equipe de referência obtiveram as médias de 1,91 (2,04) e 0,82 (1,68), respectivamente. A capacidade da equipe de superar a fragmentação da atenção quando o paciente acompanha com várias especialidades recebeu nota média de 5,89 (1,97).

Conclusão ou Hipóteses: Existem dificuldades na referência para as especialidades, prejudicando a integralidade. A interação insuficiente do especialista no contato com o paciente, a falta de retorno dos achados das interconsultas à equipe e a quase inexistência de interação entre os especialistas e os profissionais da Atenção Básica também comprometem a integralidade.