UPA: uma sentinela da Atenção Primária à Saúde?

Claudia Bezerra de Santana, Landweherner Lucena da Silva, Cristhiane Gico de Aguiar, Luciano Pina Góis, Karlo Josefo Quadros de Almeida

Resumo


Introdução: A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) é um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde (UBS) e a rede hospitalar. A UPA insere-se no sistema único de saúde (SUS) como um ponto da rede de atenção a saúde (RAS) que promove resolubilidade às urgências e organiza a demanda para os níveis de atenção primário, secundário e terciário.

Objetivos: Refletir sobre o acesso do usuário à UPA do Recanto das Emas – Distrito Federal (DF), considerando as relações desta com a Atenção Primária à Saúde a saúde (APS).

Metodologia ou Descrição da Experiência: Contexto: Este trabalho foi produzido no âmbito do programa educacional “interação ensino-serviços-comunidade (IESC)”, atividade curricular do segundo ano do curso de medicina da ESCS. As atividades do programa educacional IESC fundamentam-se na pedagogia problematizadora de Paulo Freire. Etapas: Utilizou-se o método do arco de Maguerez, o qual compreende 5 etapas: (1) observação da realidade, (2) elaboração dos pontos-chave, (3) teorização, (4) hipóteses de solução e (5) aplicação à realidade. A seguir, expõem-se os resultados encontrados em cada etapa.

Resultados: (1) identificou-se o problema: “A classificação de risco é uma barreira ao acesso do usuário?” (2) discutiu-se as possíveis causas: desconhecimento da população sobre o uso da UPA e cobertura insuficiente da APS (3) realizou-se revisão da literatura e entrevistas com usuários. Dentre os 31 entrevistados, 52% afirmaram que existiam agentes comunitários em suas quadras porém apenas 19% conheciam os seus médicos de família. Os fatores determinantes de procura da UPA foram: proximidade da residência, rapidez e obrigatoriedade do atendimento (4) e (5) Nessas etapas, formulou-se e aplicou-se as seguintes estratégias: produção de vídeo educativo para os usuários e divulgação nas unidades de saúde.

Conclusão ou Hipóteses: A UPA é uma sentinela da rede. Se apresentar excesso de demanda, é porque a RAS não funciona adequadamente. No entanto, a implementação de uma UPA só faz sentido se houver boa cobertura e bom funcionamento da APS. Estas condições propiciam o uso consciente, pelos usuários, das unidades de saúde disponíveis. Assim, dispositivos como a classificação de risco são melhor compreendidos.


Palavras-chave


UPA; ESF; Classificação de Risco

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