Os agravos à saúde dos médicos da Estratégia de Saúde da Família

Resumo

Introdução: Os médicos da Estratégia de Saúde da Família (ESF), assim como outros profissionais,são peças fundamentais na prevenção e promoção de saúde à toda população. No entanto, esta missão exige bastante empenho e dedicação destas pessoas, o que tem trazido agravos à saúde e qualidade de vida destes importantes profissionais.

Objetivos: Listar os principais problemas de saúde que os médicos da ESF desenvolvem em decorrência do excesso de trabalho e expor possíveis causas. Demonstrar a principal classe de medicamentos que estas pessoas fazem uso. Descobrir a frequência com que essas pessoas praticam atividade física.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foram entregues questionários aos médicos da ESF do município de Campina Grande-PB em novembro de 2012 contendo 30 perguntas. Todos os que aceitaram participar foram inclusos na pesquisa. Foi realizada uma análise quantitativa dos dados de 24 médicos que responderam aos questionários. As informações foram interpretadas utilizando o Microsoft Excel (Office 2007). O perfil dos profissionais era, em sua maioria (87,5%), de médicos com mais de 5 anos de experiência na ESF. Dentro destes, 52,4 % tinham mais de 10 anos de experiência.

Resultados: Dentre os sintomas que os médicos relataram sentir com frequência o cansaço afetou 70,8%. O estresse foi citado por 58,3% e dores lombares por 54,2%. Dentre todos os entrevistados, 54,2% relataram tomar algum medicamento para tais problemas e o analgésico foi a classe de medicação mais utilizada (30%). Das manifestações mais frequentes com o trabalho: 27% relataram irritação, 24,3% afirmaram angústia, raiva esteve presente em 14,9% e impaciência também em 14,9%. 70,8% disseram não praticar exercícios físicos regularmente. Quando questionados sobre o que mais incomodava no trabalho, 26,1% afirmaram serem os baixos salários e 21,7% a sobrecarga de trabalho.

Conclusão ou Hipóteses: Os médicos, mesmo sabendo da importância de cuidar da saúde, realizam poucas ações para prevenir adoecer. Muitos deles apresentam agravos onde o trabalho surge como possível etiologia ou fator contribuinte. Faz-se necessário promover ações que solucionem ou minimizem tais problemas, para que assim estes profissionais exerçam suas funções de forma digna e saudável.