Colegiado gestor na Estratégia Saúde da Família: desafios e possibilidades

Nair Saraiva de Almeida, Aluísio Pessanha da Silva Filho, Andrea da Conceição Marques, Glácia de Mello Brito, Maria Helena Leite Cavalcanti Araujo

Resumo


Introdução: O Colegiado Gestor Local (CGL) na Estratégia Saúde da Família(ESF) uma proposta da Secretaria Municipal e Defesa Civil do Rio de Janeiro em 2011 para implementar política de gestão participativa na ESF O CGL é uma instância democrática de participação da comunidade no controle social dos SUS, garantida a partir da Constituição Federal 1988. ESF tem participação base os conselhos locais de saúde.

Objetivos: Implantar o colegiado gestor local na ESF para discutir com a comunidade os determinantes saúde doença, tendo em vistas estratégias de ação local, para promover a organização dos serviços dentro da abordagem integral, intersetorial, incluindo a comunidade no debate dos determinantes saúde e doença.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Em 2012, a Coordenação de Aérea Programática (CAP 21) elegeu uma Unidade da ESF – o CMS Dr. Rodolpho Perissé do Vidigal para iniciar a experiência A proposta de CGL foi lançada por meio de apresentação em PowerPoint, primeiro passo para entrada do colegiado no Vidigal O local também foi o primeiro a hospedar oficina, entre os profissionais, sobre tal tema. Nessa oficina os profissionais da ESF puderam desenhar ou escrever palavras, em quadro, papel, o que marcaram a sua trajetória, em consonância com a sua relação com a comunidade. Tiveram discussões em grupo sobre como seria a participação de cada um no colegiado; em que momento aconteceria a participação da comunidade dentro das unidades.

Resultados: Embora os profissionais admitam a importância de inclusão da comunidade, surgiu a preocupação com presença física da população nas unidades visto que, nessas ocasiões, os usuários tem a oportunidade de lançar críticas ao trabalho deles. Discussões sobre respeito; empatia; experiência; acolhimento; trocas de ideias e sugestões de como o trabalho das equipes poderia ser mais eficaz, bem como implementar ações novas, que pudessem responder aos anseios da comunidade. Eis aí o grande desafio: incorporar esse aprender ao cotidiano das equipes, tendo como referência as necessidades de saúde da população e, ao mesmo tempo, transformando as práticas profissionais e da própria organização do trabalho.

Conclusão ou Hipóteses: A experiência da CGL naquela unidade foi inspiradora para a CMS Vila Canoas(ESF) onde, em 2012, outro colegiado foi implantado, com sucesso. Espaços coletivos são ricos em interações e conflitos, com trocas de conhecimentos e saberes. Isso, qualifica assistência em saúde; amplia os espaços de acolhimento dos coletivos sociais e gera momentos de interação entre os profissionais da ESF e o usuários




Palavras-chave


Intersetorialidade; Colegiado Gestor; Controle Social.

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