Terapia ocupacional junto ao PET-saúde na ESF: relato de experiência

Carolina Maria do Carmo Alonso, Bruna Esteves Saporito, Camila F. da Costa Malheiro, Gabriela Pereira do Carmo

Resumo


Introdução: A partir do movimento de reforma sanitária e consequente implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), tornam-se necessárias estratégias para formação de profissionais de saúde com perfil adequado ao trabalho em novos cenários. Neste contexto, o PET-Saúde foi desenhado para formação de alunos da graduação na Estratégia Saúde da Família (ESF).

Objetivos: Este trabalho buscará promover uma reflexão sobre o cuidado da pessoa com deficiência na ESF a partir do relato de um caso que foi atendido por uma equipe de saúde da família com o acompanhamento de alunos de graduação do curso de Terapia Ocupacional da UFRJ bolsistas do PET-Saúde.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O projeto iniciou com um grupo de estudos discutindo princípios da Atenção Primária a Saúde, Estratégia de Saúde da Família e pesquisas que relacionam atenção à saúde da pessoa com deficiência, destacando a Reabilitação Baseada na Comunidade como um referencial teórico. Dentre as Visitas Domiciliares realizadas destaca-se o caso de M., 70 anos, desempregada, sem filhos e parentes próximos. M. apresenta hipertensão e diabetes, amputação do membro inferior esquerdo e faz uso de cadeira de rodas. Verificou-se na visita que M. está em situação de vulnerabilidade social e sua residência tem baixa acessibilidade e ventilação.

Resultados: A escolha do caso deu-se a partir da demanda da paciente, visto que a mesma possui dificuldades em suas atividades cotidianas e consequente diminuição em sua qualidade de vida. Como proposta de atendimento o terapeuta ocupacional pode atuar em dois eixos. O primeiro volta-se para organização e adaptação do domicilio, bem como, para orientações a respeito da rotina diária e cuidado pessoal. O segundo eixo de atuação busca realizar o fortalecimento das redes de apoio da comunidade para inclusão de pessoas como M. visando o aumento participação social de grupos com maior vulnerabilidade.

Conclusão ou Hipóteses: A atenção a saúde da pessoa com deficiência na ESF é um campo em construção e neste cenário o Terapeuta Ocupacional pode contribuir de forma singular. A legitimação das suas ações na ESF já está fundamentado na literatura, mas ainda é preciso investir na formação de terapeutas ocupacionais que trabalhem no apoio das equipes nucleares da ESF o que se busca no caso PET-Saúde apresentado.


Palavras-chave


Formação para o SUS; Terapia Ocupacional; Saúde da Família

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